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quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Escola da vida

Ensinaram-me e eu tentei aprender as regras básicas da vida. E a dizer belas frases prontas para pessoas estranhas. A vê a luz dosol sempre a brilhar e a auecer meu peito. Esqueceram-se porém que além da felicidade existem muitas outras coisas importantes e indefiniveis, como a morte ou o que há após dela. E não me falaram do silêncio necessário para não sofrer com a natureza frágil do corpo. Esqueceram-se também, de que há a noite e que ela é tão significativa quanto o próprio dia… ESqueceram-se de falar do vazio inconstante da solidão que esfria o peito. Falharam e por isto eu ambém falhei. Não notei que tudo que é eterno se defaz e se decompoe. Que não é distante o espaço entre a dor e o amor, Mas que cada coisa tem seu espaço certo e que para entender isto é preciso chorar, é preciso viver. Solo seco nasce uma rara beleza verde que fere o deserto com suas lanças de espinho. Seu valor único talvez seja acariciar a solidão. Entre pedras e areias impõe sua humilde soberania. Guardando em seu corpo as últimas gotas de esperança de uma vida de desesperos. Em sua flor, o perfume exótico que a faz prisioneira do chão. Suas correnes de raízes não são maiores do que o silêncio que confunde sua existência com a própria morte da vegetação incendiada na queimada expontânea do desprezo do homem pela caatinga.

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